quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Posses


Temos em comum o fato de não aparentarmos ser fracos
Sentirmos a falta dos mesmos braços, abraços, embaraços
O choro noturno na cama com as palavras gritadas
Pensando em tantas outras que foram sussurradas

Temos em comum o ódio à nossa ira
A saudade do passado
A raiva do presente
O apego ao futuro
A vontade de nos espiar por cima do muro

Em comum a doce alegria fingida
Transeuntes solitários de cabeça caída
Entre amigos, mantenhamos erguida

Temos em comum a vontade de nos termos
Mas o que nos é mais semelhante nos torna distintos
Nosso infantil orgulho de meninos.

Matheaus Siebra
12/11/2009