quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Faço o que faço?


Evitei ao máximo essa inevitabilidade
Por me subestimar
Por pensar que não fosse tão forte
Por antecipar a dor que era de morte

E...

Não caiu de mim uma gota
Nem de lágrima, nem mágoa, arrependimento, água...

NADA!

Nada além do que é verdade:
Ainda há o que se sentir
Ainda há porque fingir, negar o que vêem
Que quando finjo cochilar numa rede
Que quando fumo sozinho no alpendre
Que quando escrevo linhas tortas
É pra te esconder nas entrelinhas
É pra te achar na rebeldia do que exalo
É pra te perder no doce embalo
Não pra dormir, nem meditar, registrar...
Tudo isso é de tanto te ter amado
E terminado.

Matheaus Siebra 25/12/2009