De todas elas eu era aquela que a razão tentava educar
Se eu falava, ela gritava
Se eu escrevia, ela apagava
Se eu corria, ela me alcançava
E dizia com sua boca fria: Toma uma barbie para brincar
Quando cresci, dentre todas elas, me tornei "aquela"
Aquela lá
Aquelazinha
A razão não pôde comigo e tentou me esnobar
E comentava de canto de olho: Essa ai é da vida não tem como curar!
Aquela lá
Aquelazinha
A razão não pôde comigo e tentou me esnobar
E comentava de canto de olho: Essa ai é da vida não tem como curar!
De todas elas, eu fui aquela que quis se livrar
Se a razão recomendava, eu sorria
Se a razão falava, eu sorria
Se a razão mandava, eu sorria
E dizia em alto e bom som:
Razão, vá se lascar!
Se a razão recomendava, eu sorria
Se a razão falava, eu sorria
Se a razão mandava, eu sorria
E dizia em alto e bom som:
Razão, vá se lascar!
(Dedicado a todas as mulheres que não se submetem, não se sujeitam. Dedicado a todas as mulheres que subvertem, que metem, e aproveitam!)
Matheaus Siebra
Março de 2015