Quem disse que não havia motivos?
Se te chamei era pra não ficar sozinho
Não queria comer minha mão, alimentar a imaginação
Eu queria o que muitos quiseram, alguns chegaram perto, poucos tiveram
Queria eu dentro de ti
Em ti...
E consegui
Mas se era só desejo, se foi com o gozo
O que era profano virou religioso
Já não quero só te enrabar, devorar, trepar
Quero antes preparar, degustar, subir
Em teu muro, teu corpo, teu conceito
O teu prato, teu sabor, o beijo
Um café, um momento, um contexto
Quero tudo que jamais quis
E quando insistires que não te amo
Vou te mostrar isto que fiz.
Matheaus Siebra
29/01/2010