Subi no outdoor
Por fora da porta da mente de mim
Perdi-me nas pedras de concreto da selva cinza
Debrucei-me no calor das chaminés
Que voavam seguindo o vistoso ritmo do ritual diário
Abracei com o olhar a plenitude da paisagem
Cerrei os lábios que sentiam a dor da faca do vento
Do prazer incerto de estar sobre todos, acima de tudo, alem das estrelas artificiais
Guardei a vertigem
O labirinto louco que me desviou
O liquido que me deslocou
E o ultimo pássaro que acompanhei
Acima de mim o pássaro
Que ria, batendo suas asas, provocando um tufão
Meu corpo batia no sorriso da moça bonita
Mas ela não se entristeceu, não correspondeu a minha dor
E pela ultima vez estava ao nível de todos
Em pouco tempo estaria abaixo disto
E pela ultima vez cerrei os olhos
E voei com o pássaro que ria de minha agonia
Matheaus Siebra
06/12/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário