quinta-feira, 23 de julho de 2009

No Outdoor


Subi no outdoor

Por fora da porta da mente de mim

Perdi-me nas pedras de concreto da selva cinza

Debrucei-me no calor das chaminés

Que voavam seguindo o vistoso ritmo do ritual diário

Abracei com o olhar a plenitude da paisagem

Cerrei os lábios que sentiam a dor da faca do vento

Do prazer incerto de estar sobre todos, acima de tudo, alem das estrelas artificiais

Guardei a vertigem

O labirinto louco que me desviou

O liquido que me deslocou

E o ultimo pássaro que acompanhei

Acima de mim o pássaro

Que ria, batendo suas asas, provocando um tufão

Meu corpo batia no sorriso da moça bonita

Mas ela não se entristeceu, não correspondeu a minha dor

E pela ultima vez estava ao nível de todos

Em pouco tempo estaria abaixo disto

E pela ultima vez cerrei os olhos

E voei com o pássaro que ria de minha agonia

Matheaus Siebra

06/12/2008

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