quinta-feira, 23 de julho de 2009

Silêncio


O silencio é a voz rouca do amor

Que despeja-se em meu quarto e grita teu nome ao meu ouvido

E narra em primeira pessoa nossas aventuras aos sete ventos

E deixa-se calar quando o primeiro sonho vem

O silencio é discreto em sua essência

Mas é inexplicavelmente grandioso aos olhos de um sofredor

Que chora em sua alcova a dor de não se ter mais o que se tinha

O silencio é assustador quando o presente é efêmero

E o próximo segundo é imprevisível como em um filme de terror

Guardando em si toda a aflição da duvida e incerteza

Bem-aventurados os ouvidos que sofrem com a musica urbana

Porque deles é o reino do silencio

Matheaus Siebra

10/07/2008

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