Não é que eu goste de aparecer
A fama é acessória do fato consumado
Arrisco-me não pelo gosto da aventura,
Nem pelo frio na barriga do primeiro toque suave
Sim, muitas neves são suaves
Outras nem tanto
Outras queimam mão, pés, língua e umbigo
Mas o frio na barriga é sempre o mesmo
Sempre a sensação de que este caminho é errado e a qualquer hora a queda será inevitável...
Arrisco meu bem estar porque sou assim... Livre, ainda que preso às cordas que me alucinam
Por me darem a vida mesmo eu a tendo
Arrisco porque meu organismo não foi feito para ficar amordaçado dentro de casa
Sem poder visitar paisagens novas, inexploradas
O caminho é sempre o errado, eu sei...
Mas é ele o que busco nos dias quentes
Ou noites frias...
Ou dias frios e noites cálidas
O tempo não importa
As horas não faz sentido... Corre o tempo apressado ao ritmo do coração pulsante
E na descida da montanha mais alta é em minha cama quente que me espera vazia em casa, onde se aventuram meus pensamentos culposos.
Matheaus Siebra
05/05/2009
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