quinta-feira, 23 de julho de 2009

Subo aos Céus


Não é que eu goste de aparecer

A fama é acessória do fato consumado

Arrisco-me não pelo gosto da aventura,

Nem pelo frio na barriga do primeiro toque suave

Sim, muitas neves são suaves

Outras nem tanto

Outras queimam mão, pés, língua e umbigo

Mas o frio na barriga é sempre o mesmo

Sempre a sensação de que este caminho é errado e a qualquer hora a queda será inevitável...

Arrisco meu bem estar porque sou assim... Livre, ainda que preso às cordas que me alucinam

Por me darem a vida mesmo eu a tendo

Arrisco porque meu organismo não foi feito para ficar amordaçado dentro de casa

Sem poder visitar paisagens novas, inexploradas

O caminho é sempre o errado, eu sei...

Mas é ele o que busco nos dias quentes

Ou noites frias...

Ou dias frios e noites cálidas

O tempo não importa

As horas não faz sentido... Corre o tempo apressado ao ritmo do coração pulsante

E na descida da montanha mais alta é em minha cama quente que me espera vazia em casa, onde se aventuram meus pensamentos culposos.

Matheaus Siebra

05/05/2009

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