quinta-feira, 23 de julho de 2009

Oh Deus Incógnito


“Joelhos sobre grãos de leguminosas qualquer
mãos espalmadas, juntas, atadas pela corrente invisível
coração na garganta e respiração em todos os ouvidos que queiram escutar
lagrimas de piedade que descem dos olhos já semi cerrados de tamanha dor
um tronco agora seria o menor dos problemas para esse escravo traidor”
pecador, rezo diante de meu dono
meu dono que me criou para o mundo, que me julga, que me condena
mesmo me mostrando que no caminho existe uma bifurcação
meu dono me mostrou que há outra vida, mas não me mostra que a outra vida não é para nós, negrões de pés no chão
rezo diante de ti oh meu senhor, minhas mãos estão atadas pela força da fé
essas lagrimas que brotam incansáveis do meu olho bom é para te mostrar minha dor e te ajudar a me perdoar
olha meu sofrimento, saber que sabes de tudo não me é suficiente
olha como me chicoteio, senhor
olha... e não esqueces de me absorver no juízo final

Matheaus Siebra

06/12/2008

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